terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Perestroika



Em fevereiro de 1985 foi adotado na URSS a Perestroika, esta é uma palavra russa que significa “reconstrução”, este o nome do livro de Mikhail Gorbatchov, que detinha o poder da URSS neste período, neste livro ele fazia uma anise da União Soviética, e trazia novas ideias e reformas para seu país e o mundo, objetivava assim, com o seu projeto reformador a democracia e o socialismo.
            Estas reformas foram feitas de forma que o povo estava sendo beneficiado e fazendo parte desta, esta iniciativa foi importante para a queda do regime, embora que foi criada para que não houvesse uma revolução ou a queda do poder, estas reformas se constituíram como núcleo de contrapoder na sociedade, pois os países do leste europeu não mais sofriam intervenções de Moscou, as reformas apresentaram aos habitantes a liberdade de expressão, os quadros do partido comunista foram renovados e a não mais internação dos que contrapunham o poder, assim o povo passou também a ter mais liberdade para expressar suas insatisfações para com o poder vigente.
            A disputa pelo poder, seja pelos que não concordavam com as reformas ou por aqueles que queriam acelerar as transformações, a própria força politica que as reformas liberaram foram as que derrubaram o poder, assim dezembro de 1991, Gorbatchov renuncia.
            Portanto a perestroika foi um conjunto de reformas elaboradas por Gorbatchov, para tentar manter o poder e conseguir reverter à crise na URSS, mas suas reformas abriram espaço para aqueles que não se agradavam com estas e para aqueles que queriam acelera-las, com isso as reformas trouxeram também opositores, o golpe de 1991 foi um fracasso, mas Mikhail renuncia ao poder em dezembro deste respectivo ano.


Referências Bibliográficas:
JOANILHO, André Luiz e MARTINEZ, Paulo Henrique. História Contemporânea II. UEPG/NUTEAD, 2011.p 82-96.
GORBACHEV, Mikhail. Perestroika; Novas ideias para o meu país e o mundo. 14 ed. São Paulo: BestSeller, [s.d.] , p.15-23.

Nacionalismo



A partir da Revolução Francesa, surgi os princípios do nacionalismo, que se tornou uma ideologia no inicio do século XIX, esta ideologia se opunha a monarquia, pois a ideia do pacto social, onde os homens em alguma época ao sentirem necessidade de viverem em grupo resolveram fazer um pacto para garantir a ordem, com isso o poder monárquico viria do povo.
O nacionalismo se opunha a monarquia absolutista e era visto como radical, mas começou a ser ligado as políticas excludentes e reacionárias, com isso o nacionalismo se tornou uma ideologia de direita, onde a expansão da nação e a imposição de outros povos acabou sendo instigado por esta política.
A nação tinha que mostrar sua força, perante as vizinhas, a conquista de território era a forma que os nacionalistas de direita acreditavam ser o melhor para nação, para garantir sua soberania, mas como importar a linguagem, a historia e a instituição política para os povos que não viveram no contexto destas, assim o que chegou às colônias foi a tirania.
Na interpretação histórica destas Nações Europeias era que estes eram superiores, pois eram civilizados e estavam levando a civilização aos povos, que não teriam evoluído ainda, ajudando assim na evolução destes, pois acreditavam que em certo tempo todos os povos evoluiriam e seriam iguais as Nações Europeias, assim no século XIX a ideologia racista é utilizada para mostrar a inferioridade dos nativos das colônias.
Portanto podemos perceber que o nacionalismo tinha duas vertentes uma de direita e outra de esquerda, o nacionalismo esteve ligado a varias outras ideologias, mas não se unir ao socialismo que também tem base na Revolução Francesa, pois este é internacionalista.

Referências Bibliográficas:
JOANILHO, André Luiz e MARTINEZ, Paulo Henrique. História Contemporânea II. UEPG/NUTEAD, 2011. Paginas de 12 a 35.

Resenha do livro :O Segundo Governo Vargas 1951-1954; Democracia, partidos e crise política



REFERÊNCIA
ARAÚJO, Maria Celina D'. O Segundo Governo Vargas 1951-1954; Democracia, partidos e crise política. 2ª edição. São Paulo: Editora Ática, 1992.

BREVE SÍNTESE DA OBRA

O referido livro conta a história de Getúlio Vargas em seu segundo governo de 1951-1954, retrata assim a vida política deste e as reformas consideradas populares, trabalhistas e nacionalistas. Este livro revela a popularidade do governo Vargas e a insatisfação de áreas conservadoras da sociedade para com o governo.
Através do apoio a burguesia industrial local, e procurando diminuir a influência do capital estrangeiro, ganhando o apoio dos estudantes, sindicados, aumentando o salário mínimo e os direitos dos trabalhadores ele ganhou popularidade e opositores, e em 24 de agosto de 1954 ele recebe o ultimato, Getulio deveria deixar o poder, mas ele prefere cometer suicídio, com tiro em seu peito.

PRINCIPAIS TESES DESENVOLVIDAS NA OBRA
            Logo de inicio em sua introdução a autora diz: “Com o presente livro, pretende-se inaugurar
uma análise mais sistemática do segundo Governo Vargas (1951- 1954), particularmente no que se
refere à problemática político-partidária daquele período e à decorrente instabilidade desse Governo.” (pag.16), vemos que o foco principal é a política , a história dos poderosos.
Este livro muito ligado aos problemas políticos enfrentados e na consolidação de partidos, assim embora que de forma critica analisando os pontos negativos e positivos do Governo Vargas. Isso fica um pouco evidente no capitulo 3 onde diz que, “incapacidade governamental de resistir e sobreviver às pressões oriundas de diversos setores sociais e políticos. Tais pressões não só ocasionam a derrubada do Governo como deflagram uma crise comparável apenas à da década de 1960, embora com resultados bastante distintos.” (pag. 44)
Vemos nesta obra uma visão tradicional sobre a história, pois narrasse mais a história através da política, do que abordando como principal o povo, vemos falando sobre o PTB, o PSD e UDN os grandes partidos da época, e sobre o apoio, coligações e oposição e a política nas grandes capitais brasileiras.
O suicídio de Vargas e a reação popular à sua morte, que é tratado na página 143, é realmente um fator importante para entendermos a força que ganha o populismo getuliano e o aumento da força do PSD-PTB em relação ao UDN.

CONCLUSÕES

            Portanto o livro O Segundo Governo Vargas 1951-1954 vêm mostrar através de uma construção historiográfica ligada principalmente a política, à história de Getúlio Vargas durante o segundo governo e dos acontecimentos políticos e reações populares frente as suas reformas. Este ainda mostra a crise enfrentada e o renuncia de Vargas ao poder, relatando assim seu suicídio e a reação popular frente a este acontecimento que ganhou proporções dramáticas.

Resenha Paixão e Guerra no Sertão de Canudos



REFERÊNCIA
Paixão e Guerra no Sertão de Canudos, de Antônio Olavo, Salvador (BA), 1993.

BREVE SÍNTESE DA OBRA

O referido filme conta a história de Antônio Vicente Mendes Maciel, que ficou conhecido como Antônio Conselheiro, retrata assim a vida deste e a construção do povoamento de Belo Monte, que antes era conhecida como Canudos. Este filme revela a que o povo tinha na Igreja e em Conselheiro, mostra a sociedade igualitária e solidária que era Belo Monte na Bahia.
Paixão e Guerra no Sertão de Canudos revela a força do sertanejo e dos conselheiristas que lutaram veementemente contra os opressores republicanos, vencendo muitas batalhas principalmente com a ajuda de Pajeú que fazia emboscadas para as tropas. Esta produção mostra a história que os republicanos da época de Canudos queriam que fosse esquecida, pois este povoamento foi bombardeado, queimado, destruído, alagado e os caselheiristas capturados foram degolados, para mostrar a força do Governo Republicano.

PRINCIPAIS TESES DESENVOLVIDAS NA OBRA

O documentário reúne raros depoimentos de parentes de Antônio Conselheiro, contemporâneos da guerra, filhos de líderes guerrilheiros, historiadores, religiosos e militares.
Esta obra passa uma visão de que Antônio Conselheiro tentou construir uma sociedade igualitária e solidaria, este ponto de vista é defendido por Sergio Guerra que compara Canudos a uma sociedade socialista, embora confrontado com outra ideia oposta esta é a que prevalece.
  A desmistificação de alguns acontecimentos que são passados de forma oral é o que me chama a atenção neste documentário, pois numa construção historiográfica a desmistificação e a comprovação da veracidade dos fatos são fundamentais.
O vídeo mostra a imagem de Antônio Conselheiro como se ele fosse um Deus ou um santo, os depoimentos, as imagens e a pouca contraposição a esta visão deixa uma impressão mística na história de Canudos, temos que ter cuidado principalmente com as fontes orais, pois estão repletas de visões místicas sobre a história.
Realmente Canudos resistiu até o fim, depois de 4 expedições contra este povoamento, os sertanejos mostrarão sua força e amedrontaram o Governo, que queria mostra sua força perante a nação, foi assim que o exercito, com seu armamento lutou, foi derrotado nas expedições anteriores e na ultima ainda pedindo reforço vence a guerra, pois com a morte de Antônio Conselheiro e Pajeú a força da resistência diminui gradativamente.


CONCLUSÕES

            Portanto o documentário Paixão e Guerra no Sertão de Canudos vêm mostrar através de fontes orais e escritas, a história de Antônio Conselheiro e do povo sertanejo que o seguiu, contando assim sobre a sociedade, o estilo de vida e a dos conselheiristas. Este ainda mostra a guerra empreendida contra Belo Monte e a resistência épica dos sertanistas, contra as tropas republicanas e a derrota e destruição de Canudos.