quarta-feira, 10 de julho de 2013

Resenha do livro “Arauá”, O reencontro com o passado...


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA
CURSO DE HISTÓRIA


Aluno(a): Romário Andrade de Jesus
Matrícula:201020016233                                            Pólo: Arauá
Professor coordenador: Antônio Lindvaldo Sousa               
Professor tutora a distância: Rita Leoser da Silva Andrade

- Referência da obra resenhada
SANTOS, Adelvan Macedo dos. “Arauá”, O reencontro com o passado... Boquim/SE: Gráfica e Editora Buquinense, 2000.
- Resumo breve da história do autor
            Adelvan Macedo dos Santos nasceu no povoado Varjão, município de Boquim no dia 13 de outubro de 1971, cursou História pela Universidade Federal de Sergipe através do PQD, Polo de Estância e Pedagogia pela Faculdade Pio Décimo, foi professor concursado da Prefeitura municipal de Boquim, ex-professor do Colégio José Fernandes da Fonseca. Passou a residir no município de Arauá na administração do Prefeito Francisco Costa(1997/2000), sendo professor concursado da rede municipal exercendo a função de coordenador pedagógico da Secretaria Municipal de Educação, atualmente reside em Salgado, onde exerceu a função de secretário municipal de Assistência Social e de Educação e em 2012 foi candidato a vice-prefeito deste município.
- Apresentação da obra
O livro “Arauá, O reencontro com o passado...” tem o objetivo de mostrar um panorama da história deste município, tentando resgatar a história desta cidade, as temáticas abordadas pelo autor são a religião, a politica, os aspectos físicos da região, os símbolos Municipais, o patrimônio arquitetônico e cultural e os homens ilustres. Em seu livro Santo dialoga com Katia Loureira, para conseguir assim descrever os engenhos do município de Arauá, retirando trechos da obra da autora “Arquitetura Sergipana do Açúcar”. Esta obra foi motivada pelo desejo de Adelvan Macedo em construir a história de Arauá e não deixar esta cair no esquecimento, tendo assim a visão de que para compreender o presente, devemos conhecer o passado.
- Descrição da estrutura
            Este panorama inicia com os “Aspectos Históricos”, onde o autor tenta construir a história do município. Em seguida os “Aspectos Físicos”, a localização, o clima a hidrografia e a citação dos nomes dos povoados, dando sequencia o autor fala sobre a “População”, mas de forma estatística. Os “Aspectos Econômicos”, nesta parte o autor fala sobre a agropecuária. No seguinte “Aspecto Socios-Culturais”, Macedo descreve as festas católicas e as figuras ilustres. O catolicismo também é abordado no próximo capitulo sobre a “Religião” onde o autor destaca somente o catolicismo. No capitulo seguinte “São Símbolos Municipais” Santos fala sobre a bandeira do município e reproduz o hino. Dando sequencia a sua obra o autor novamente privilegia os homens ilustres no capitulo “Intendentes e Prefeitos Municipais” e por fim “Exemplares do nosso Patrimônio Arquitetônico e Cultural”, todas estas informações estão em um livro de apenas 47 paginas.

- Descrição do conteúdo
Adelvan busca resgatar a identidade do povo arauense, em sua obra logo no inicio. Em sua apresentação o autor fala que pretende que “este pequeno panorama venha contribuir de forma valiosa para o resgate da identidade do nosso povo” (pag. 10), com isso podemos perceber que o autor tem um interesse em construir a identidade arauense, embora que esta identidade não é uma identidade popular e sim elitista, pois o povo é colocado no texto como estatística enquanto que a elite tem grande destaque, portanto a sua construção é voltada para a elite, já que ele descreve em seu texto os “Filhos ilustre” ( pag.18 ) e os “Intendentes e Prefeitos Municipais”( pag. 32, 33, e 34).
Outra abordagem de Santos é a religião onde ele privilegia somente a católica, através de imagens diversas que estão em seu livro e a abordagem histórica voltada ao catolicismo.
- Análise de forma crítica
            Esta obra foi construída sem um caráter científico, pois a falta de imparcialidade do autor em expor seus sentimentos, sua religião e sua posição politica, para melhor defender minha ideia foi citar as palavras de Terezinha Alves de Oliva que escreve no Prefacio deste livro que este é “um trabalho marcado pelo caráter de “iniciação”, revelando a pressa de um autor que, ainda em formação, está ansioso por socializar os conhecimentos que começa a descobrir e a produzir”, com esta citação da professora Terezinha podemos perceber que este livro é escrito por um iniciante, por isso esta repleto de falhas e de lacunas não preenchidas. Sei que é impossível para o historiador ser imparcial, mas esta obra mostra de maneira bem clara as opiniões do autor.
            O autor ao citar as figuras ilustre ele diz que “todos os habitantes desta terra são verdadeiros colaboradores da construção da nossa identidade” (pag. 18), mas somente cita em sua obra, prefeitos, desembargadores, grandes produtores, doutores, mestres, coronéis e membros da elite arauense, restando assim a população ser citada como mera estatística, utilizando assim de dados do “IBGE- Censos Demográficos – 1970,1980 e 1991”(pag. 17).
            O autor de “Arauá, O reencontro com o passado...”, deixa clara sua opinião religiosa já que no capítulo “A Religião” (pag. 25) somente é abordada a religião católica, em bora que a religião evangélica e a afro-brasileira, fazem parte da cultura deste município, em um estudo sobre a cultura afro-brasileira de Arauá, descobri que a Casa de Santo Antônio, foi fundada em 1973, neste município e não aparece na construção do panorama de Macedo, assim podemos perceber o interesse do autor em privilegiar uma única religião em detrimento das outras.
            Não posso esquecer-me de relatar que neste período de construção do livro, Santos era coordenador pedagógico da Secretaria Municipal de Educação, assim ele com o apoio da Prefeitura municipal, construiu uma história ligada à elite e a politica da cidade.
            Mas sem duvidas esta iniciativa foi muito importante, este livro até hoje é a única tentativa de construção da história do município. Sabemos que atualmente estão surgindo muitas monografias e artigo sobre temas específicos da cidade, e creio que muitos destes novos historiadores têm a curiosidade e o desejo de reconstruir a história de Arauá, e este livro é repleto de pistas que ajudaram sem duvidas os historiados na construção historiográfica deste município.
-Recomendação da obra
Este livro sem duvidas deve ser lido por todos os habitantes deste município, pois para temos uma identidade devemos conhecer nossa história, mais indicado ainda é para os historiadores que tem interesse em construir a história de Sergipe e de Arauá, pois este apresenta pistas valiosas para o historiador.

Referências Bibliográficas:


Adelvan Macedo e Salgado - Informação sobre a pessoa. Encontrado no site : www.yasni.com.br /adelvan+macedo/busca+pessoas/salgado, acessado no dia 03 de julho de 2013.
Eleições 2012. Encontrado no site: http://www.eleicoes2012.info/adelvam-macedo-43/, acessado no dia 03 de julho de 2013.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Resenha do Livro História de Sergipe de Felisbelo Freire




FREIRE, Felisbelo Firmo de Oliveira. História de Sergipe. Projeto Digitalizando a História, Aracaju – Sergipe, 2009.

            Felisbelo Freire nasceu em Itaporanga d’Ajuda no dia 30 de janeiro de 1858, foi um militante republicano na Província Sergipana, foi nomeado como o primeiro governador republicano de Sergipe, formado em medicina e membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e Patrono da Academia Sergipano de Letras, escreveu vários livros e um deles é História de Sergipe, onde ele expressa o seu objetivo de tornar a história de Sergipe visível ao Brasil e ao mundo, isto é facilmente percebido quando ele diz que quer “tornar Sergipe conhecida no Brasil e no Estrangeiro”(p.3), assim o autor toma para se a missão de resgatar a história sergipana.    
            A História de Sergipe de Freire é a primeira tentativa de interpretar cientificamente a História do estado, ele inaugurou a historiografia no estado. Com um pensamento ligado ao evolucionismo, que era a visão que prevalecia na época, sua obra tinha em anexo diversas cartas de sesmarias e utiliza outros documentos inéditos, na construção de sua obra, F. Freire faz uma síntese da evolução de Sergipe de 1575, com as primeiras incursões jesuítas de Gaspar Lourenço e João Solônio a 1855 que é o período da transferência da Capital de São Cristóvão para Aracaju.
            Este livro que é um marco na Historiografia Sergipana com apenas 336 paginas é ordenado em quatro partes. Na primeira parte que é a “Introdução”, Felisbelo Freire primeiramente descreve seu referencial teórico, que é ligado ao evolucionismo, ele ainda fala sobre os nativos. ”Época da Formação (1575-1696)” inicialmente ele fala da descoberta e conquista de Sergipe por Cristóvão de Barros e em seguida sobre a colonização de Sergipe, sobre as primeiras explorações mineiras, a invasão holandesa, as lutas travadas em Sergipe o por fim  o fim do domínio  holandês e o novo domínio português. Na terceira parte  do livro ” Expansão colonial (1696 -1822)” o autor relata Sergipe na condição de Comarca da Bahia, fala sobre a expulsão dos jesuítas 1575, a abolição da escravidão indígena, a influencia da Revolução Pernambucana em Sergipe e por fim relata o juramento a Constituição e a aclamação da Independência. Na última parte “Política Imperial (1822-1855)” esta voltada para os eventos políticos, o primeiro presidente da província, o governo da Regência, a transferência da capital para Aracaju e por fim é abordado as questões do estabelecimento dos limites do território sergipano, com a Bahia e Alagoas.
            Como declara o autor sua obra esta moldada na ciência histórica evolucionista de sua época, podemos perceber isto quando ele diz que “nessa marcha evolutiva em que um povo coloca-se para progredir e prosperar, temos de apreciar a ação dos fatores internos e externos”. E a história não será mais do que a síntese, o conjunto de leis desse evolucionismo.”(p.31). O principal foco de sua construção historiográfica são os governantes e seus feitos, sendo assim  uma historia dos grandes homens, nesta obra ainda pode-se encontrar um pouco sobre “economia, educação, demografia e sociedade”( Defensores do Patrimônio Cultural Sergipano).
            O autor de “História de Sergipe” fomentava que sua obra fizesse com que Sergipe se tornasse conhecido do país e do mundo, com isso ele almejava construir nos sergipanos uma identidade, pois antes de sua obra havia apenas memorias e relatos e não uma construção historiográfica, tornando assim todos os sergipanos unidos em torno de uma história comum. Segundo Freire seus recursos não permitiram que ele fizesse uma obra melhor, ele deixa bem claro que tem consciência que sua obra tem defeitos quando diz no prefacio, “sendo o primeiro trabalho no gênero, contra o que antolharam-se dificuldades de toda ordem, não podia sair isento de defeitos” (pag. 4).
            Outra coisa muito importante também descrita no prefacio da obra é quando o autor revela um dos objetivos da sua obra, que é contribuir na construção da história Sergipana através de auxilio de outros historiadores na construção historiográfica do estado, este objetivo é facilmente detectado quando dele diz: “Será para mim motivo de contentamento, se ele fornecer algum auxílio a quem, com mais competência de que eu queira escrever a História de Sergipe” (pag. 4).
Este autor coloca a religião como principal empecilho para o progresso, portanto a religião seria a vilã da história sergipana, com isso ele acaba por colocar suas paixões pessoais na construção historiográfica, pois ele acaba se colocando como juiz, aprovando ou não as atitudes dos agentes históricos, o mais interessante é que ele deplorava os outros autores que colocavam suas paixões em suas obras, mas ele acabou por também colar, não sendo assim neutro em sua construção historiográfica. Além disso Freire se contradiz com sua teoria e pratica, pois ele teoricamente pretendia uma historia que não colocava os grandes como foco, mas acaba por focar os administradores em sua obra, afastando-se assim das ideias de Capistrano de Abre e Euclides da Cunha.
            Sem duvidas esta obra foi um marco na construção historiográfica de Sergipe, como diz Sousa, Felisbelo Freire é considerado “o pai da Historiografia de Sergipe” (SOUSA 2013, p. 29), com documentos valiosos e um emaranhado de pistas de pesquisa, esta foi a primeira tentativa de construção cientifica da história do estado e sem duvidas um livro que deve ser lido por todos e principalmente pelos sergipanos, para que possam assim conhecer melhor o estado , construindo assim sua identidade, sua sergipanidade, sem duvidas este livro é um leque de pistas e fatos que ajudaria muitos historiados que pretendessem escrever sobre a História de Sergipe.

Referências:
SOUSA, Antônio Lindvaldo. História e Historiografia Sergipana. CESAD. Universidade federal de Sergipe, São Cristóvão/SE, 2013.
Felisbelo Firmo de Oliveira Freire. Encontrado na Enciclopédia Digital, Wikpedia, no site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Felisbelo_Firmo_de_Oliveira_Freire.

Centenário de uma história inaugural. Defensores do Patrimônio Cultural Sergipano. Encontrado no site: http://dpcs-ufs.blogspot.com.br/2011_03_01_archive.html, ultima visualização no dia 24 de maio de 2013.

domingo, 17 de fevereiro de 2013


"Resenha crítica da obra de John Locke - Segundo Tratado Sobre o Governo Civil" de Pedro H. S. Pereira, encontrado no site:    http://www.consciencia.org/resenha_locke.shtml.  

Dissertação  com o tema: As ideias de John Locke e as revoluções inglesas. 

            John Locke acreditava que devemos todos ser livres, iguais e independentes, este seria o estado de natureza, onde nós apenas ficaríamos subordinados apenas a Deus, além do estado de natureza existe o estado de guerra, que ocorre quando alguém quer impor o poder sobre os outros, assim Locke mostra-se contra o poder absoluto, portanto contra o modelo monárquico inglês e qualquer outro.
            “Locke critica o Absolutismo ao sustentar ser melhor viver em estado de natureza, no qual o homem se subordina somente a si, a viver sobre o domínio de um monarca com o poder centralizado em si e que manda nos outros da maneira que melhor lhe aprouver, o que não concretiza um pacto no qual lhe é outorgado o poder”, está passagem do texto de Pereira revela que Locke, é a favor da democracia, onde o povo escolhe os que vão ter o poder, mas este poder deve ser a favor do povo que os colou nesta posição, pois se assim não for estes serão julgados pelo povo.
            Explicando as revoluções numa visão dentro das ideias de Locke, elas seriam um estado de guerra do povo contra os absolutistas, pois os absolutistas querem impor seu poder sobre os outros indivíduos, mas como naturamente são todos livres, iguais e independentes, não podemos nos subordinar a ninguém na terra, com a Revolução Gloriosa acabaram por diminuir o poder da Coroa e aumentar o poder do Legislativo, dando assim o poder ao povo.
            Segundo “Locke todos são livres, iguais e independentes, e só através de um pacto civil visando maior tutela destas liberdades que ocorre o fim do tão estudado Estado, e a formação de um corpo político que representa a maioria”.
            Portanto as ideias de John Locke são contra o absolutismo, a favor da liberdade, igualdade e independência dos indivíduos, onde o individuo para defender estes atributos e suas propriedades podem entrar em estado de guerra com outros indivíduos, para que isso não ocorra deve haver um  pacto civil e a formação de um corpo político que represente a maioria e não os seus próprios interesses.

Os maias, na verdade, nunca chegaram a constituir um império




            Os maias nunca construíram um império, já que esse povo era dividido em vários reinos que conflitavam entre si, embora que tenham filiação étnica, traços físicos semelhantes e tenham vários dialetos de um troco linguístico comum, nunca ouve uma unificação destes reinos.
            Nunca uma cidade conquistou todas as outras, eram cerca de mais de 40 cidades-estado no mundo Maia, cidades como Tikal conseguiram conquistar outras, no caso desta cidade o soberano conquistou sua inimiga a cidade de Calakmul e depois as cidades vizinhas, mas nunca conseguiu conquistar todas.
            O rei Pacal que é considerado o mais importante rei maia, que reinou entre 615 a 683 d. C, é responsável por embelezar a cidade de Palenque, e este mesmo sendo considerado um poderoso rei não unificou estes reinos maias.
            O rei Chan Kawiil (734-760 d. C) de Palenque é considerado um importante soberano por ter derrotado a cidade de Tikal, sua principal rival.
            Portanto nunca ouve a unificação dos maias, pois eram divididos em reinos rivais que conflitavam entre si, um reino nunca conseguiu conquistar todos os outros, por isso nunca chegaram a constituir um império.
            


            Referência da Obra
MÓDOLO, Parcival. Os incas: língua, cultura e música. Etnicidade e apropriações cultural-religiosas. Revista USP n.72, São Paulo fev. 2007.

Credenciais dos Autores

            Parcival Módolo naseu em Americana no interior de São Paulo, fez Mestrando em Ciências da Religião pelo Instituto Mackenzie, maestro titular da Orquestra de Sunden (Alemanha) e diretor da Divisão de Arte e Cultura do Instituto Presbiteriano Mackenzie e é membro da ACDA (American Choral Directors Association), ’’foi discípulo de Nikolaus Harnoncourt, Zubin Mehta, M. Stefani e Sergiu Celibidache. Em 1989, a convite da Universidade de San Diego, Califórnia, foi aos Estados Unidos lecionar naquela universidade e recebeu bolsa de estudos para o doutorado na University of Southern California, em Los Angeles.” ( Wikpédia)
“Dirige regularmente diferentes orquestras brasileiras e, no exterior, é Gastdirektor da Orquestra do Teatro da Ópera de Bielefeld, Alemanha, e Maestro visitante da Orquestra Sinfônica de San Diego. Em 2003 foi nomeado consultor oficial do Festival Internacional de Música de Cusco e, em 2004, maestro permanente das orquestras Jovem e Juvenil de Lima, Peru, bem como professor de regência orquestral e diretor da orquestra do Festival Internacional de Arequipa. Em 2006, convidado para dirigir o encontro anual de regentes e o festival de música em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, foi nomeado coordenador do encontro e diretor da orquestra e do coral para todas as próximas edições do festival.”( Wikpédia)
“Atualmente, é regente titular da Orquestra Sinfônica de Campinas, e do Coral Universitário Mackenzie. Coordena tambem o curso de Licenciatura em Música na Faculdade Nazarena do Brasil, em Campinas, São Paulo.”(Wikpédia)

Resumo da Obra

            O referido texto aborda sobre os Incas, como o colonizador espanhol usava a força e a religião para conquistar estes povos, que deveriam deixar de lado sua cultura e sua religião que era considerada idolatria. Cerca de 50% da população peruana é indígena, eles em sua maioria são ascendentes de quéchua e aymara, nesta localidade os habitantes das montanhas são indígenas e camponeses que preservam a cultura dos ancestrais, acreditam ainda no Inti, o Sol e Pachamama, a Mãe Terra, estes persistiram bastante para preservação de sua identidade inca. O Império Inca não era homogêneo, havia um grande diversidade cultural e linguística, por causa dos povos que foram conquistados por eles, mas quando os colonizadores chegam, estes unem o povo inca em um só, colocam o quéchua como língua oficial, e os catequizadores utilizam esta língua para ensinar aos índios os ensinamentos cristão, mas apesar da influencia crista, os incas continuaram a preservar sua tradições, até hoje pode ser visto estas manifestações culturais, principalmente na cidade de Cusco. Os nativos acomodaram muitas coisas da igreja católica, como o hino Hanaq Pachap Kusikuynin, que é um hino a Maria, mas que para os nativos seria também o hino às Plêiades, que seriam divindades femininas associadas a fecundidade da terra.

Apreciações Pessoais do Resenhista

            O texto é interessante trata claramente sobre a língua, a cultura e a musica inca, e sobre a influencia espanhola nos Andes, mostrando as intervenções mais ligadas a cultura e identidade, não focando muito no genocídio, mas sim na tentativa do etinocidio desta cultura pré-colombiana, mas o texto mostra também, como o povo nativo conseguiu mescla e preservar sua cultura.

Cultura Afro-Brasileira em Arauá - A Umbanda


Na cidade de Arauá existem algumas manifestações da cultura afro-brasileira, uma delas é a umbanda, uma das casas de culto a esta religião que se encontrão nesta cidade, é a Casa de Santo Antônio fundada em 1973, fica localizada na Rua de Estância.
            Este caramanchão (casa) foi fundada por Eliziario Francisco dos Santos, que era o Zelador desta, os rituais aconteciam as sextas- feiras por quinzena, pois a sexta é o dia de Oxalá, antes os rituais eram mais frequentes, pois com a morte do zelador fundador em 2002, seu filho Eliziario Mota Santos Filho torna-se o novo Zelador, e com isso os rituais passaram a ser realizados no sábado, uma vez por mês ou de dois em dois meses.
            Numa entrevista com o atual Zelador, ele conta que está denominação é a preferida, mas pode ser chamado também de Pai-de-Santo e Babalorixá. Ele conta que as quatro festas mais importantes e que são festejadas em Arauá são, no dia 21 de janeiro a Festa do Caboclo, no dia 12 de junho a festa de Santo Antônio, que é a festa de Ogum ( Pai Ogum), em setembro do dia 7 ao dia 27 é escolhida uma data para a Festa de Cosme e Damião e no dia 31 de dezembro que é o ultimo toque de Mãe Oxum.
            Nas festas e rituais são utilizados instrumentos musicais como atabaque, agogô, ganzá, triangulo, as palmas e as musicas . Segundo o Babalorixá, quem protege a casa é, Ogum pela direita e Exu pela esquerda, o Ogum é um Orixá, estes só trazem coisas boas e os Exus e as Pombagiras ( denominação dada aos exus do sexo femininos) servem para rebater o mal, purificar e causar o mal.
            Portanto embora que enfraquecida a religião afro-brasileira no município de Arauá, ainda existem aqueles que creem e tentam preservar esta cultura, a cultura deixada pelos antepassados negros, e um exemplo visível é o da Casa de Santo Antônio que tem como Zelador Eliziario Mota Santos Filho.

Referências:
Entrevista com Eliziario Mota Santos Filho, no dia 22 de dezembro de 2012, em Arauá, Sergipe.
CUNHA, Joceneide e SILVA, Júlio Cláudio da . História da Cultura Afro-Brasileira. São Cristóvão- Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2010.