domingo, 17 de fevereiro de 2013


"Resenha crítica da obra de John Locke - Segundo Tratado Sobre o Governo Civil" de Pedro H. S. Pereira, encontrado no site:    http://www.consciencia.org/resenha_locke.shtml.  

Dissertação  com o tema: As ideias de John Locke e as revoluções inglesas. 

            John Locke acreditava que devemos todos ser livres, iguais e independentes, este seria o estado de natureza, onde nós apenas ficaríamos subordinados apenas a Deus, além do estado de natureza existe o estado de guerra, que ocorre quando alguém quer impor o poder sobre os outros, assim Locke mostra-se contra o poder absoluto, portanto contra o modelo monárquico inglês e qualquer outro.
            “Locke critica o Absolutismo ao sustentar ser melhor viver em estado de natureza, no qual o homem se subordina somente a si, a viver sobre o domínio de um monarca com o poder centralizado em si e que manda nos outros da maneira que melhor lhe aprouver, o que não concretiza um pacto no qual lhe é outorgado o poder”, está passagem do texto de Pereira revela que Locke, é a favor da democracia, onde o povo escolhe os que vão ter o poder, mas este poder deve ser a favor do povo que os colou nesta posição, pois se assim não for estes serão julgados pelo povo.
            Explicando as revoluções numa visão dentro das ideias de Locke, elas seriam um estado de guerra do povo contra os absolutistas, pois os absolutistas querem impor seu poder sobre os outros indivíduos, mas como naturamente são todos livres, iguais e independentes, não podemos nos subordinar a ninguém na terra, com a Revolução Gloriosa acabaram por diminuir o poder da Coroa e aumentar o poder do Legislativo, dando assim o poder ao povo.
            Segundo “Locke todos são livres, iguais e independentes, e só através de um pacto civil visando maior tutela destas liberdades que ocorre o fim do tão estudado Estado, e a formação de um corpo político que representa a maioria”.
            Portanto as ideias de John Locke são contra o absolutismo, a favor da liberdade, igualdade e independência dos indivíduos, onde o individuo para defender estes atributos e suas propriedades podem entrar em estado de guerra com outros indivíduos, para que isso não ocorra deve haver um  pacto civil e a formação de um corpo político que represente a maioria e não os seus próprios interesses.

Os maias, na verdade, nunca chegaram a constituir um império




            Os maias nunca construíram um império, já que esse povo era dividido em vários reinos que conflitavam entre si, embora que tenham filiação étnica, traços físicos semelhantes e tenham vários dialetos de um troco linguístico comum, nunca ouve uma unificação destes reinos.
            Nunca uma cidade conquistou todas as outras, eram cerca de mais de 40 cidades-estado no mundo Maia, cidades como Tikal conseguiram conquistar outras, no caso desta cidade o soberano conquistou sua inimiga a cidade de Calakmul e depois as cidades vizinhas, mas nunca conseguiu conquistar todas.
            O rei Pacal que é considerado o mais importante rei maia, que reinou entre 615 a 683 d. C, é responsável por embelezar a cidade de Palenque, e este mesmo sendo considerado um poderoso rei não unificou estes reinos maias.
            O rei Chan Kawiil (734-760 d. C) de Palenque é considerado um importante soberano por ter derrotado a cidade de Tikal, sua principal rival.
            Portanto nunca ouve a unificação dos maias, pois eram divididos em reinos rivais que conflitavam entre si, um reino nunca conseguiu conquistar todos os outros, por isso nunca chegaram a constituir um império.
            


            Referência da Obra
MÓDOLO, Parcival. Os incas: língua, cultura e música. Etnicidade e apropriações cultural-religiosas. Revista USP n.72, São Paulo fev. 2007.

Credenciais dos Autores

            Parcival Módolo naseu em Americana no interior de São Paulo, fez Mestrando em Ciências da Religião pelo Instituto Mackenzie, maestro titular da Orquestra de Sunden (Alemanha) e diretor da Divisão de Arte e Cultura do Instituto Presbiteriano Mackenzie e é membro da ACDA (American Choral Directors Association), ’’foi discípulo de Nikolaus Harnoncourt, Zubin Mehta, M. Stefani e Sergiu Celibidache. Em 1989, a convite da Universidade de San Diego, Califórnia, foi aos Estados Unidos lecionar naquela universidade e recebeu bolsa de estudos para o doutorado na University of Southern California, em Los Angeles.” ( Wikpédia)
“Dirige regularmente diferentes orquestras brasileiras e, no exterior, é Gastdirektor da Orquestra do Teatro da Ópera de Bielefeld, Alemanha, e Maestro visitante da Orquestra Sinfônica de San Diego. Em 2003 foi nomeado consultor oficial do Festival Internacional de Música de Cusco e, em 2004, maestro permanente das orquestras Jovem e Juvenil de Lima, Peru, bem como professor de regência orquestral e diretor da orquestra do Festival Internacional de Arequipa. Em 2006, convidado para dirigir o encontro anual de regentes e o festival de música em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, foi nomeado coordenador do encontro e diretor da orquestra e do coral para todas as próximas edições do festival.”( Wikpédia)
“Atualmente, é regente titular da Orquestra Sinfônica de Campinas, e do Coral Universitário Mackenzie. Coordena tambem o curso de Licenciatura em Música na Faculdade Nazarena do Brasil, em Campinas, São Paulo.”(Wikpédia)

Resumo da Obra

            O referido texto aborda sobre os Incas, como o colonizador espanhol usava a força e a religião para conquistar estes povos, que deveriam deixar de lado sua cultura e sua religião que era considerada idolatria. Cerca de 50% da população peruana é indígena, eles em sua maioria são ascendentes de quéchua e aymara, nesta localidade os habitantes das montanhas são indígenas e camponeses que preservam a cultura dos ancestrais, acreditam ainda no Inti, o Sol e Pachamama, a Mãe Terra, estes persistiram bastante para preservação de sua identidade inca. O Império Inca não era homogêneo, havia um grande diversidade cultural e linguística, por causa dos povos que foram conquistados por eles, mas quando os colonizadores chegam, estes unem o povo inca em um só, colocam o quéchua como língua oficial, e os catequizadores utilizam esta língua para ensinar aos índios os ensinamentos cristão, mas apesar da influencia crista, os incas continuaram a preservar sua tradições, até hoje pode ser visto estas manifestações culturais, principalmente na cidade de Cusco. Os nativos acomodaram muitas coisas da igreja católica, como o hino Hanaq Pachap Kusikuynin, que é um hino a Maria, mas que para os nativos seria também o hino às Plêiades, que seriam divindades femininas associadas a fecundidade da terra.

Apreciações Pessoais do Resenhista

            O texto é interessante trata claramente sobre a língua, a cultura e a musica inca, e sobre a influencia espanhola nos Andes, mostrando as intervenções mais ligadas a cultura e identidade, não focando muito no genocídio, mas sim na tentativa do etinocidio desta cultura pré-colombiana, mas o texto mostra também, como o povo nativo conseguiu mescla e preservar sua cultura.

Cultura Afro-Brasileira em Arauá - A Umbanda


Na cidade de Arauá existem algumas manifestações da cultura afro-brasileira, uma delas é a umbanda, uma das casas de culto a esta religião que se encontrão nesta cidade, é a Casa de Santo Antônio fundada em 1973, fica localizada na Rua de Estância.
            Este caramanchão (casa) foi fundada por Eliziario Francisco dos Santos, que era o Zelador desta, os rituais aconteciam as sextas- feiras por quinzena, pois a sexta é o dia de Oxalá, antes os rituais eram mais frequentes, pois com a morte do zelador fundador em 2002, seu filho Eliziario Mota Santos Filho torna-se o novo Zelador, e com isso os rituais passaram a ser realizados no sábado, uma vez por mês ou de dois em dois meses.
            Numa entrevista com o atual Zelador, ele conta que está denominação é a preferida, mas pode ser chamado também de Pai-de-Santo e Babalorixá. Ele conta que as quatro festas mais importantes e que são festejadas em Arauá são, no dia 21 de janeiro a Festa do Caboclo, no dia 12 de junho a festa de Santo Antônio, que é a festa de Ogum ( Pai Ogum), em setembro do dia 7 ao dia 27 é escolhida uma data para a Festa de Cosme e Damião e no dia 31 de dezembro que é o ultimo toque de Mãe Oxum.
            Nas festas e rituais são utilizados instrumentos musicais como atabaque, agogô, ganzá, triangulo, as palmas e as musicas . Segundo o Babalorixá, quem protege a casa é, Ogum pela direita e Exu pela esquerda, o Ogum é um Orixá, estes só trazem coisas boas e os Exus e as Pombagiras ( denominação dada aos exus do sexo femininos) servem para rebater o mal, purificar e causar o mal.
            Portanto embora que enfraquecida a religião afro-brasileira no município de Arauá, ainda existem aqueles que creem e tentam preservar esta cultura, a cultura deixada pelos antepassados negros, e um exemplo visível é o da Casa de Santo Antônio que tem como Zelador Eliziario Mota Santos Filho.

Referências:
Entrevista com Eliziario Mota Santos Filho, no dia 22 de dezembro de 2012, em Arauá, Sergipe.
CUNHA, Joceneide e SILVA, Júlio Cláudio da . História da Cultura Afro-Brasileira. São Cristóvão- Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2010.