sábado, 6 de outubro de 2012

MICHELET, Jules. Prefácio para a história da França, para a edição de 1869. (Texto relatado por J. EHRARD e G. PALMADE, L’ Histoire, Armand Collin, 1965, p.261-265).



            MICHELET, Jules. Prefácio para a história da França, para a edição de 1869. (Texto relatado por J. EHRARD e G. PALMADE, L’ Histoire, Armand Collin, 1965, p.261-265).

            Neste prefácio, Michelet mostra que a história contada por homens eminentes com uma visão única, não é suficiente para escrever a história da França, pois tudo influência na história, pois vivemos em um organismo que cada órgão faz com que este funcione.
            Este texto de apenas 5 paginas tem como foco narrativo a construção da história da França e as novas ideias de Michelet sobre esta questão. 
            Michelet neste prefacio conta que na França não havia uma história e sim anais, onde homens eminentes escreviam a história de um ponto de vista único visando a politica, a raça, as leis e não as ideias, os costumes, o clima, o solo, os alimentos, os grandes movimentos progressistas, o interior da alma nacional, tantas circunstâncias físicas e fisiológicas. Pois para ele tudo influi sobre tudo e para encontrar a vida histórica seria preciso segui-la pacientemente em todos os seus elementos.
            Os homens eminentes são considerados como fracos pelo autor, pelos motivos citado no paragrafo anterior, ele ainda considera que estes escrevem uma história pouco curiosa do pequeno detalhe erudita, onde o melhor continuava enterrado nas fontes inéditas.
            Para Jules Michelet ao penetrar cada vez mais no objeto, acabamos amando-o e assim veremos de uma maneira diferente, com um interesse crescente, pois o coração comovido a segunda vista vê mil coisas invisíveis ao povo indiferente. A história e o historiador misturam-se neste olhar.
            Realmente o autor tinha uma visão inovadora, este deu importância às fontes inéditas ou como chamamos hoje não convencionais, deu importância em construir uma história completa e não uma com visão única, que é o que ocorreu muito no Brasil e em outros países. Mas muitos historiadores começaram principalmente contemporaneamente a construir uma história mais completa, levando em conta vários aspectos sociais e ambientas.
            Jacques Le Goff historiador francês publicou artigos sobre as universidades medievais, o trabalho, o tempo, as maneiras, as imagens, as lendas e etc., ele é especialista em História da Idade Média e em seus livros e publicações já descreveu este período de diversas formas, assim a ideia de Goff esta próxima a de Michelet em construir uma história completa.
            Este texto é de muita importância principalmente para os acadêmicos de história, pois estes iram escrever a história, seja em suas monografias ou em sua profissão no caso dos bacharéis. Mas isso não quer dizer que não será útil para outros cursos, até mesmo o professor de história poderia utilizar este texto em sala de aula do ensino médio para despertar um senso critico de como a história esta sendo escrita, analisando a própria história do município, estado ou do país.
            Jules Michelet (1798 – 1874) foi um “historiador francês nascido em Paris, considerado um dos maiores historiadores de todos os tempos, conhecido como o primeiro historiador a afirmar que não eram as grandes personalidades e sim o povo os agentes das mudanças sociais, originando os ideais da revolução francesa. Filho de um tipógrafo modesto, nasceu pouco após a Revolução Francesa, que marcou a transição da Idade Média para a Modernidade. Começou a escrever seus primeiros livros antes mesmo de se formar em letras em 1817 e começar a lecionar na escola preparatória. Nomeado diretor do setor de história dos arquivos nacionais em 1834, passou a ensinar no Collège de France em 1838. Perseguido por suas ideias liberais e por seu posicionamento contrário ao segundo império, acabou preso em 1851 e perdeu os cargos públicos. Voltou-se, então, inteiramente ao trabalho de historiador até seus últimos dias, em Hyères.” Algumas de sua obras são: Obras escolhidas de Vico (1835, em 2 volumes), tradução de Scienza Nuova de Giambattista Vico de 1744;as Memórias de Lutero escritas por ele mesmo, que Michelet traduziu e pôs em ordem (1835);as Origens do direito francês (1837);História romana: república (1839);O Processo dos Templiers (1841), segundo volume em 1851.1843, Dos jesuítas, em colaboração com Edgar Quinet ;1844, Do padre, da mulher e da família;1845, O povo.1862; A feiticeira (La sorcière ) e entre outras.
            Romário Andrade de Jesus acadêmico do Curso de Licenciatura em História da Universidade Federal de Sergipe (UFS)


Referências:
Jules Michelet, encontrado no site: www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_2425.html;
Jules MIchelet, encontrado no site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jules_Michelet

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